Investigação Geotécnica
A ampliação dos molhes do Rio Grande é uma das obras mais importantes do PAC e dela irá depender a ampliação da capacidade de operação do Porto do Rio Grande. Atualmente com um calado de 14 m, irá operar ao final da obra com um calado de 18 m, tornando o Porto um dos mais importantes da região entre os portos de Bahia Branca na Argentina e Santos em São Paulo. A obra é um grande desafio técnico devido às condições adversas do mar local. A campanha de investigação geotécnica foi um grande desafio para a Geoforma, onde a equipe técnica, juntamente aos consultores da obra e ao Consórcio CBPO/PEDRASUL/IVAÍ/CARIOCA responsável pela obra idealizaram e conceberam um equipamento submersível que, operado por mergulhadores especialmente treinados, executava a sondagem no leito marinho, sendo os dados adquiridos na superfície onde ficava toda a central de comando. O equipamento submersível era posicionado no local com o auxílio de balões que o faziam flutuar e um rebocador munido de sistema de posicionamento remoto. Além da realização de sondagens de CPT-U e ensaios de Dissipação foram coletadas amostras indeformadas em várias profundidades da camada de argila marinha muito mole. Os ensaios de piezocone atingiram profundidades de 36 m contados a partir no nível do mar.
Instrumentação
A ampliação dos molhes do Rio Grande foi projetada com fatores de segurança baixos visando redução de custos. Para ser possível o monitoramento de toda a obra foram projetadas oito ilhas de instrumentação, cada uma contendo um tubo para monitoramento das deformações horizontais (inclinômetro), um furo para a instalação de medidores de deslocamento vertical (aranhas magnéticas) e dois furos para a instalação de medidores das pressões da água nos poros do solo (piezômetros). Em pontos estratégicos foram, ainda, instalados medidores de deformação horizontal fixos (inclinômetros fixos) cujos dados são enviados de forma contínua via rádio para a sede do consórcio. A Geoforma atuou nesta etapa da obra executando as perfurações que atingiram profundidades de até 50 m, onde foram instalados os instrumentos acima descritos. A complexidade da operação, em decorrência das condições adversas do clima e do mar, dificultou muito a operação. O sucesso da instalação da instrumentação assegurou a correta tomada das decisões e andamento da obra. A instalação desta instrumentação e o seu monitoramento tornam esta obra a mais complexa já realizada no Brasil até então.